Olá, tudo bem? Vamos mais uma vez conversar sobre Liderança?

Este post é a segunda parte do artigo “Liderança, se você não conhecer os segredos agora, poderá se odiar no futuro!”.

O que você aprendeu no artigo anterior sobre Liderança:

Clique aqui para ler a primeira parte.

  1. Conheceu vários conceitos de autores diferentes
  2. Aprendeu as  3 principais teorias sobre a Liderança
  3. Conheceu os estilos clássicos de Liderança
  4. Aprendeu a abordagem da Liderança Situacional
  5. Descobriu as características, pontos fortes, pontos fracos e possibilidades de melhoria e as aplicações de cada estilo
  6. Entendeu também como os níveis de maturidade das pessoas de uma equipe podem influenciar no estilo de liderança a ser adotado

Quer conhecer outras abordagens sobre Estilos de Liderança? Este artigo é para você! Continue lendo e você:

  1. Conhecerá outras abordagens sobre Liderança
  2. Identificará caraterísticas de cada estilo mapeadas por estes especialistas renomados
  3. Saberá em que momentos usar assertivamente cada estilo
  4. Aprenderá também em que momentos é ideal utilizar estes estilos e
  5. Ao final, terá sua percepção ampliada sobre o tema, podendo decidir a melhor forma de liderar as pessoas e ajudá-las em seu desenvolvimento

Hoje quero trazer outras duas abordagens.

Uma do psicólogo norte-americano Daniel Goleman, autor de vários sucessos como “Inteligência Emocional, Inteligência Social, O cérebro e a inteligência Emocional, Liderança a inteligência emocional na formação do líder”.

Outra do cientista político americano Marcus Buckingham também autor de sucessos como “Descubra seus pontos fortes, Quebre todas as regras e Destaque-se”.

Quem é Daniel Goleman?

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Daniel Goleman foi quem apresentou ao mundo a teoria da Inteligência Emocional

Daniel Goleman, ph.D., é psicólogo formado pela Universidade de Harvard. Durante doze anos escreveu para o New York Times, sendo indicado duas vezes ao Prêmio Pulitzer.

É o responsável por trazer à tona a Teoria da Inteligência Emocional, demonstrando que um profissional não pode ser apenas avaliado pelo seu QI – Quociente de Inteligência, mas também pelo seu QE – Quociente Emocional.

A Inteligência Emocional é uma das competências mais requeridas atualmente pelas empresas, principalmente em cargos de Gestão e Liderança.

Daniel Goleman começou a analisar os diversos tipos de líderes nas organizações que visitava e decidiu investir em uma pesquisa para entender um pouco mais esses perfis tão diferentes.

Em sua pesquisa ele entrevistou mais de três mil executivos por um período de três anos, buscando compreender quais são os comportamentos de cada perfil e quais impactos eles oferecem ao clima organizacional das empresas.

Ao final de sua pesquisa, chegou a seis estilos de liderança diferentes, cada um com componentes diferentes da inteligência emocional. Desta forma, cada estilo afeta de formas muito específicas no ambiente de trabalho e no desempenho de suas equipes.

Perceba aqui que dois destes estilos apontados por Goleman levam o mesmo nome dos apresentados no primeiro artigo na abordagem da Teoria das Relações Humanas: o autoritário (autocrático) e o democrático.

Porém, o autocrático de Goleman difere um pouco do apresentado no primeiro artigo “Liderança, se você não conhecer os segredos agora, poderá se odiar no futuro!”.

Mesmo assim achei interessante mantê-los aqui, pois além da pequena descrição de cada estilo, há também recomendações de quando ou não usar cada um deles.

Teste seus conhecimentos de liderança: qual dos estilos apontados por Goleman mais se parece com o conceito clássico de Liderança Autocrática?

Deixe sua opinião nos comentários.

Os 6 estilos de Liderança mapeados por Goleman são:

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O que determina o ritmo, o autoritário, o agregador, o coach, o coercivo e o democrático

1) O líder que determina o ritmo:

Estabelece modelos de excelência e espera autodireção. Se fosse resumido em uma frase seria “Faça como eu faço, agora”.

É recomendado: quando o grupo é muito qualificado, motivado e precisa-se de resultados rápidos.

Não recomendado: quando muito utilizado aumenta a sobrecarga nos membros da equipe e acaba com a inovação.

2) O líder autoritário:

Mobiliza a equipe em direção a uma visão e objetivos finais. A forma como será feito fica a cargo de cada membro da equipe. Se fosse resumido em uma frase seria “Venha comigo”.

É recomendado: quando a equipe precisa de uma nova visão porque as circunstâncias mudaram ou quando a orientação explícita não é necessária. Os líderes deste estilo normalmente são inspiradores, empreendedores e contagiados pela missão.

Não recomendado: quando a equipe do líder tem muita experiência e sabem mais do que ele mesmo.

3) O líder agregador:

Tem a capacidade de criar vínculos emocionais com um sentimento de união e pertencimento à organização. Se fosse resumido em uma frase seria “As pessoas vêm em primeiro lugar”.

É recomendado: em tempos de crise e muito estresse, quando a equipe precisa se recuperar de um trauma e recobrar a confiança.

Não recomendado: este estilo não deve ser usado exclusivamente, pois uma dependência exclusiva de elogios e carinho pode favorecer o desempenho medíocre e falta de direção.

4) O líder Coach:

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O foco do Líder Coach é no desenvolvimento de seus liderados

Este tipo de líder desenvolve as pessoas para o futuro. Se fosse resumido em uma frase seria “Tente fazer”.

É recomendado: quando o líder tem como causa principal capacitar e desenvolver nas pessoas qualidades que as ajudarão a alcançar o sucesso em seus objetivos.

Não recomendado: é menos eficaz quando os liderados são desafiadores e não querem mudar ou aprender, ou se o líder não tem muita competência.

A qualidade de um líder não pode ser julgada por suas respostas, mas sim por suas perguntas. – Simon Sinek

5) O líder coercivo:

Este tipo de líder exige o cumprimento imediato de suas ordens. Se fosse resumido em uma frase seria “Faça o que eu digo”.

É recomendado: em tempos de crise, situações emergenciais ou controlar um problema quando todas as outras opções não foram efetivas.

Não recomendado: em quase todas as outras situações, já que pode afastar os liderados e sufocar a flexibilidade e criatividade.

6) O líder democrático:

Constrói o consenso através da participação dos liderados. Se fosse resumido em uma frase seria “O que você acha?”.

É recomendado: quando o líder precisa que sua equipe apoie sua decisão, plano ou objetivo, ou ainda quando precisa de novas ideias.

Não recomendado: em situações emergenciais ou quando a equipe não tem informações suficientes para dar sugestões.

Goleman evidencia que os líderes de alto desempenho não fazem uso de somente um dos estilos acima destacados (já vimos isto no primeiro artigo, lembra?).

Segundo Goleman os gestores, com o tempo, podem adaptar esses comportamentos para produzir resultados poderosos com suas equipes.

Basta conhecer, compreender cada um dos estilos e colocar em prática para validar aqueles que mais “casam” com o seu estilo próprio de liderar.

Constância é o segredo para incorporar novos hábitos e comportamentos e alcançar o sucesso!

Se quiser ler o artigo original em inglês, acesse aqui!

E aí, o que achou da pesquisa de Goleman? Se identificou com um ou mais dos estilos acima apresentados?

Não se precipite, vamos conhecer outra abordagem.

Quem sabe, ao final deste artigo você tenha mais recursos ainda para cruzar as informações das diversas abordagens e mapear seus comportamentos no exercício da liderança?

Vamos lá!

Quem é Marcus Buckingham?

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Marcus Buckingham foi pesquisador por mais de 20 anos no Instituto Gallup

Marcus Buckingham foi pesquisador por mais de 20 anos no Instituto Gallup, tendo entrevistado mais de 257.000 executivos de sucesso.

A partir destas entrevistas ele mapeou suas habilidades, reunindo-as em um dos principais bancos de dados sobre comportamento profissional existente no mundo.

Em 1999 tornou público seus estudos pela primeira vez em seu livro “Descubra seus pontos fortes”.

Em 2012 lançou no Brasil seu livro “Destaque-se” pela editora Sextante, o qual é voltado para os líderes que desejam investir em seu potencial e acelerar o desempenho de suas equipes.

Marcus diz que há muitos perfis de liderança e tenta, em sua obra, destacar qual é o jeito de cada um para ajudar os profissionais de liderança a conhecerem suas habilidades naturais para melhorar seu desempenho.

Quem compra o livro (novo, é claro…rsrs), ganha uma senha para acessar a página oficial (Standout) e realizar um teste que avalia o gestor em nove pontos e aponta os dois mais fortes.

Obviamente eu já comprei o meu, fiz o teste e já descobri meus dois estilos. Quer saber? Depois te conto!

Em sua pesquisa Marcus identificou nove diferentes perfis de líderes.

Vamos conhecê-los!

Os 9 estilos de Liderança mapeados por Buckingham são:

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Compensador, conselheiro, entusiasta, influenciador, pioneiro, professor, provedor e vinculador.

1) O líder compensador (ou “equalizador”):

Ele sente que todo o universo precisa ser alinhado. Se esforça para equilibrar tudo e espera muito de todos.

Se alguém não fizer o seu trabalho, ele falará na cara.

Sua pergunta preferida: Qual é a coisa certa a fazer?

2) O líder conselheiro (ou “assessor”):

É aquele líder a quem as pessoas recorrem quando desejam um conselho sobre determinado tópico.

Como um perito, está aprendendo sempre em muito para poder ensinar aos outros.

Sua pergunta preferida: Qual é a melhor coisa a fazer?

3) O líder criador:

Antes de pedir ajuda, esse líder tem ideias. Gosta de ter um tempo sozinho para pensar.

Se orgulha de suas ideias e não gosta de surpresas.

Sua pergunta preferida: O que eu entendo?

4) O líder entusiasta (ou “estimulador”):

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Os outros entram em ação porque desejam segui-lo.
É um líder que eleva a energia no ambiente, faz com que as pessoas se apeguem e as coisas aconteçam.

Os outros entram em ação porque desejam segui-lo.

Sua pergunta preferida: Como posso aumentar a motivação?

5) O líder influenciador:

Faz com que as pessoas ajam com base no que recomenda. Seu objetivo é sempre convencer por meio de persuasão ou charme.

É impaciente e ouve apenas o que deseja.

Sua pergunta preferida: Como posso levá-lo a agir?

6) O líder pioneiro:

Este perfil se apega ao que virá em seguida. Gosta de projetos novos e é motivado por novas experiências.

Não tem medo do fracasso.

Sua pergunta preferida: O que há de novo?

7) O líder professor:

É instigado pelo potencial de cada pessoa. Seu poder vem com a descoberta de como explorar os pontos fortes de cada um.

Ele gosta de aprender a partir de tudo o que faz.

Sua pergunta preferida: O que alguém pode aprender com isso?

8) O líder provedor:

Está sempre querendo saber como apoiar a equipe e valorizar os funcionários.

É confiável e defende as outras pessoas.

Sua pergunta preferida: Estão todos bem?

9) O líder vinculador (ou “conector”):

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Indivíduo hábil em enxergar a teia de relações pessoais e em se conectar

Indivíduo hábil em enxergar a teia de relações pessoais e em se conectar.

Para ele, pessoas com diferentes pontos fortes podem se unir para realizar grandes coisas.

Sua pergunta preferida: Que pessoas eu posso juntar?

Marcus Buckingham afirma que:

Os melhores gerentes são capazes de identificar em alguém um lampejo de talento e, então, reposicionar essa pessoa de modo que ela possa utilizá-lo de maneira mais efetiva.

Diz ainda que não existe um perfil certo de líder:

Cada pessoa tem aptidão para determinada tarefa e o desafio é colocar a pessoa certa no lugar certo dando a ela liberdade para que ela faça as coisas da sua maneira.

É claro que aqui coloquei apenas algumas características dos nove estilos, justamente para estimulá-lo a adquirir o livro.

Não, não estou ganhando comissão para isso! Tanto é que o link lá em cima é da Estante Virtual…rsrs

O livro é bastante interessante e fazendo o teste no site, fica mais legal ainda.

Hummm… acho que o teste só dá para fazer comprando o livro novo, no usado talvez já tenham utilizado!

O livro oferece a descrição mais detalhada de cada estilo, bem como dá diversas dicas de como potencializar os pontos positivos de cada um e os cuidados que se deve ter.

Ops, já ia me esquecendo, meus dois estilos mais fortes foram, nesta ordem, compensador e influenciador!

Conclusão

  1. Independente da abordagem e da terminologia empregada para definir os estilos de liderança, é importante não nos limitarmos a um único modelo, e por quê?
  2. Por que como vimos no primeiro artigo as pessoas são diferentes e possuem níveis de maturidade/desenvolvimento diferentes e não dá para utilizar uma única abordagem de liderança.
  3. Precisamos também levar em consideração o nível de dificuldade e exigência das tarefas que precisam ser executadas, o meio onde as pessoas estão inseridas e a cultura da organização.
  4. Só assim conseguiremos identificar o melhor estilo a ser empregado em cada situação.

Ou seja, não existe o melhor ou o pior estilo de liderança. Existe o estilo certo, do jeito certo, no momento certo, com a pessoa certa e a tarefa certa.

Não é uma tarefa muito fácil, porém sua dedicação e perseverança em colocar em prática nas situações do dia a dia com seus liderados, farão de você um líder ainda melhor, mais justo e equilibrado.

Sem contar que sua produtividade aumentará consideravelmente e seus liderados o terão como um referencial positivo de líder.

E todo mundo fica feliz: você, sua equipe e sua empresa!

Como diria Silvio Santos “É bom ou não é?”.

De repente você, neste momento, está um pouco desesperado ou perdido não sabendo o quê e como fazer…

Fique tranquilo, vá aos poucos incorporando estes conceitos e, principalmente, aplicando gradativamente em seu dia a dia.

Com o tempo você verá o que funciona ou não e, com seus próprios erros, aprenderá quais as melhores abordagens em cada situação.

A prática ainda é a melhor forma de aprender!

No mais, seja o melhor líder que você pode ser neste momento!

Curta e compartilhe com seus amigos.

Ficou com alguma dúvida? Alguma curiosidade? Quer saber mais?

Deixe suas dúvidas e comentários logo abaixo e terei imenso prazer em lhe responder.

Forte abraço e fique com Deus!

Marcelo Levi.

Olá, tudo bem? Hoje começo um artigo que fala sobre os estilos de Liderança.

Digo começo, pois um artigo apenas não será suficiente para explorar com profundidade um tema tão amplo e interessante como este.

Você já viu a quantidade de livros sobre Liderança que existem por aí? Já percebeu também que os autores atribuem vários nomes diferentes para falar de Liderança?

Por acaso você se confunde com tantos estilos, suas características e qual é o melhor para aplicar em sua vida?

Se você tem estas e muitas outras dúvidas sobre Liderança este artigo é para você. Continue lendo e você:

  1. Conhecerá vários conceitos de autores diferentes
  2. Aprenderá as  3 principais teorias sobre a Liderança
  3. Conhecerá os estilos clássicos de Liderança
  4. Aprenderá a abordagem da Liderança Situacional
  5. Descobrirá as características, pontos fortes, pontos fracos e possibilidades de melhoria e as aplicações de cada estilo
  6. Entenderá também como os níveis de maturidade das pessoas de uma equipe podem influenciar no estilo de liderança a ser adotado
  7. Ao final, terá sua percepção ampliada sobre o tema, podendo decidir a melhor forma de liderar as pessoas e ajudá-las em seu desenvolvimento

Um Líder é alguém que conhece o caminho, corre ao longo do caminho e mostra o caminho. – John C. Maxwell

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O Líder vai à frente mostrando o caminho para sua equipe…
Créditos da imagem: Freepik

Vou apresentar referenciais como Chiavenato, Ken Blanchard e Paul Hersey, passando também por Daniel Goleman até chegar aos dias atuais com as pesquisas de Marcus Buckingham.

Desta forma acredito que conseguirei colocar à sua disposição informações suficientes para a sua análise crítica e identificação daquele (ou daqueles) estilo(s) que mais se aproxima(m) do seu estilo pessoal de liderar.

Antes de falar dos estilos, convém definir Liderança:

O que é Liderança afinal? Veja alguns conceitos e definições para ampliar sua visão:

É o papel que se define pela frequência com que uma pessoa influencia ou dirige o comportamento de outros membros do grupo. – McDavid e Herrara

É um fenômeno de influência interpessoal exercida em determinada situação através do processo de comunicação humana, com vistas à comunicação de determinados objetivos. – Fachada

É um processo de influência e de desempenho de uma função coletiva orientada para a consecução de resultados, aceita pelos membros do grupo. Liderar é pilotar a equipe, o grupo, a reunião; é prever, decidir e organizar. – Parreira, 2000

É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum. – James C. Hunter

É a capacidade de influenciar e de levar pessoas a realizarem tarefas, com entusiasmo e motivação, em prol de objetivos comuns a todos os membros de uma determinada equipe. – Ken Blanchard

Esta última é a minha preferida, apesar de todas convergirem para o mesmo ponto:

Influenciar pessoas!

Portanto, ser Líder vai muito além do antigo modelo comando/controle, significa mobilizar o potencial e a vontade das pessoas para fazerem aquilo que deve ser feito pelo simples fato de ser a coisa certa a fazer naquele momento, não por obrigação ou medo.

De acordo com Chiavenato, a Teoria das Relações Humanas constatou a influência da liderança sobre o comportamento das pessoas.

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O Líder atual precisa ter uma gestão Humanizada com sua equipe…

São três as principais teorias sobre a liderança:

Traços da personalidade: segundo esta teoria o líder possui características marcantes de personalidade que o qualificam para a função.

Estilos de liderança: esta teoria aponta 3 estilos de liderança: autocrática, democrática e liberal.

Situações de liderança (teoria Contingencial): nesta teoria o líder pode assumir diferentes padrões de liderança de acordo com a situação.

Segundo a Teoria das relações humanas, temos então 3 estilos de liderança:

Autocrática – Também chamada de liderança autoritária ou diretiva, neste estilo o líder é focado apenas nas tarefas, centraliza as decisões e impõe suas ordens ao grupo.

O líder toma suas decisões isoladamente sem considerar as opiniões de seus liderados e os informa dos trabalhos que precisam ser desenvolvidos.

O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

Os liderados sob este estilo tendem a trabalhar sob forte tensão, frustração e agressividade de um lado e de outro nenhuma espontaneidade, nem iniciativa e nem formação de grupos de amizade.

Os trabalhos só são executados adequadamente na presença do líder.

Características do líder autocrático:

  1. Diz aos liderados como e o quê deve ser feito;
  2. Sua opinião sempre é a mais correta;
  3. Parte do pressuposto que seus liderados não são merecedores de confiança;
  4. Focado nas tarefas e não nas relações com seus subordinados;
  5. Seu poder é baseado no cargo que ocupa.

Este estilo dá ênfase no líder.

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A Liderança Autocrática traz bons resultados de curto prazo… mas às custas de quem?

Liberal ou Laissez FaireLaissez-faire é uma expressão francesa que significa “deixai fazer, deixai ir, deixai passar”.

Aqui o líder dá mais liberdade aos seus liderados para a tomada de decisões e execução de seus projetos e tarefas.

Ele delega totalmente as decisões ao grupo deixando-os completamente à vontade e sem nenhum controle.

Poderia até indicar uma possível equipe madura, autodirigida e que não necessita de supervisão constante, porém pode ser indício de uma liderança fraca e negligente, onde o líder é permissivo aos erros cometidos pelo grupo sem corrigi-los.

Existe muitas vezes forte individualismo e agressividade nos componentes do grupo e pouco respeito ao líder.

Características do líder liberal:

  1. Aponta o problema;
  2. Dá muita autonomia ao liderado;
  3. Deixa o liderado decidir o que fazer;
  4. Tem pouca direção e pouca disciplina.

Este estilo dá ênfase nos subordinados.

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A Liderança Liberal pode parecer positiva, porém dá liberdade demais aos liderados…

Democrática – Também chamada de liderança participativa ou consultiva, este estilo é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório.

O líder conduz e orienta o grupo e incentiva a participação democrática das pessoas. O líder e seus subordinados desenvolvem comunicações espontâneas, francas e cordiais.

Sob a influência deste estilo, o trabalho se mostra num ritmo suave e seguro, sem alterações mesmo quando o líder se ausenta.

Percebe-se também um aumento significativo nas relações humanas do grupo, sentido de responsabilidade e forte comprometimento pessoal.

O líder procura ser um membro normal do grupo.

Características do líder democrático:

  1. Compartilha suas decisões e atividades;
  2. Todos devem participar do planejamento e execução das tarefas;
  3. Não acredita ser o dono da verdade;
  4. Dá autonomia e responsabilidades;
  5. Focado nas relações interpessoais com o grupo;
  6. Constrói seu poder baseado em sua credibilidade.

Este estilo dá ênfase no líder e subordinados.

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O Líder de estilo Democrático permite que a equipe tenha uma participação ativa em sua gestão

Resumindo os 3 estilos clássicos:

  • Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentam maior quantidade de trabalho produzido.
  • Sob a liderança liberal os subordinados nem sempre entregam resultados em quantidade e qualidade.
  • Já na liderança democrática, os grupos apresentam um nível quantitativo de produção equivalente à liderança autocrática, com uma qualidade de trabalho muito superior.

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Qual destes estilos você acredita ser o mais adequado? Existe um estilo de liderança padrão a ser adotado na condução de equipes de trabalho?

Na prática, o líder utiliza os três processos de liderança, de acordo com as situações, com as pessoas e as tarefas que precisam ser executadas.

O líder manda cumprir ordens, consulta os subordinados antes de tomar uma decisão e sugere maneiras de realizar as tarefas, ou seja, utiliza todos os três estilos de liderança.

O grande desafio é justamente saber quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades.

E aí, o que fez sentido pra você? Você concorda que o líder deve utilizar todos os estilos dependendo da situação? Ou você escolheria um destes como padrão para o seu exercício da liderança?

Independente de suas respostas, o fato é que as pessoas são diferentes, possuem habilidades, conhecimentos e experiências de vida diferentes e as diversas tarefas que precisam ser executas também possuem níveis de dificuldades diferentes.

Portanto, chegamos à conclusão de que não dá para liderar todas as pessoas da mesma forma.

O ideal é mesclar características de ambos os estilos, pois existem situações que exigirão uma forma ou outra de liderança.

Há também alguns fatores que influenciam no estilo a ser adotado:

  1. Maturidade/desenvolvimento individual e da equipe;
  2. Relacionamento do grupo;
  3. Crenças e valores pessoais;
  4. Diferentes tarefas e prazos de execução.

E eis que surge a Liderança Situacional…

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O ideal é mesclar o estilo de liderança de acordo com a situação e o nível de maturidade/desenvolvimento de cada liderado

Através da constatação acima, Ken Blanchard e Paul Hersey criaram em 1968 na Ohio University, um modelo de liderança ao qual denominaram de Liderança Situacional.

Em seu livro “Liderança de alto nível – como criar e liderar organizações de alto desempenho”, Ken Blanchard apresenta o modelo revisado, que se baseia na crença de que as pessoas querem crescer, e de que não existe um estilo de liderança que seja considerado o melhor para incentivar esse crescimento.

A aplicação do estilo de liderança deve ser feita sob medida conforme a situação. O modelo pode ser resumido nesta frase: Tratamentos diferentes para pessoas diferentes!

Para que uma pessoa seja incentivada a dar o melhor de si, a liderança precisa se adaptar ao nível de desenvolvimento que cada liderado se encontra.

De acordo com a Liderança Situacional II, existem 4 estilos básicos de liderança:

  1. Estilo E1 Direção
  2. Estilo E2 Coaching
  3. Estilo E3 Apoio
  4. Estilo E4 Delegação.

Esses estilos correspondem aos 4 níveis básicos de desenvolvimento do liderado:

D1 – Principiante empolgado – Característica: baixa competência (pouco ou nenhum conhecimento e habilidade) e alto empenho (muita energia e motivação para aprender e fazer). Precisa de direção.

D2 – Aprendiz decepcionado – Característica: baixa a alguma competência (já possui um pouco de conhecimento e/ou habilidade) e baixo empenho (já está acostumado com as tarefas, normalmente comete erros). Precisa de treinamento constante.

D3 – Colaborador capaz, mas cauteloso – Característica: competência de moderada a alta (já domina muitas das tarefas e processos) e empenho variável (tem capacidade de executar e tomar decisões). Precisa de apoio.

D4 – Realizador autoconfiante – Característica: alta competência (muito conhecimento, habilidade e experiência) e alto empenho (altos níveis de energia, vontade e motivação). Delegar é a palavra de ordem para o líder.

Perceba então que a Liderança Situacional leva em consideração aspectos como:

  1. Características gerenciais: suas habilidades, conhecimentos, experiências e motivação;
  2. Características da organização: cultura organizacional, expectativa de desempenho, regras e políticas internas;
  3. Características do trabalho em si: desafio do trabalho/rotina, necessidade de trabalho em equipe;
  4. Características dos trabalhadores: seus valores, formação, experiência e maturidade.
Conhecer estes aspectos ajudará você a utilizar o estilo certo, no momento certo, para a tarefa certa e com a pessoa certa

Quando se fala de maturidade/desenvolvimento, deve-se levar em consideração o nível de capacidade do liderado (conhecimento, experiência e habilidades), ou seja, se sabe fazer, se já fez alguma vez e se faz com facilidade.

Também é preciso saber identificar o seu nível de disposição (confiança, compromisso e motivação), ou seja, se pode fazer, se vai fazer e se quer fazer.

É a partir daí que é possível identificar o melhor estilo de liderança a ser adotado em determinada situação envolvendo determinado liderado.

Quanta informação, não? Fique tranquilo, continue lendo, já está acabando (pelo menos esta parte).

Veja abaixo mais algumas características e também dicas de como e quando utilizar cada um dos estilos:

Estilo E1 Direção: o líder estrutura, ensina como fazer, acompanha e monitora o desempenho de perto.

  • Colaborador está começando, terá que aprender muita coisa ainda;
  • É muito motivado, mas não tem conhecimento/maturidade;
  • O líder tem que estruturar todo o processo;
  • O líder toma as decisões;
  • O líder “pega” na mão e ensina como fazer.
  • Acompanha de perto e dá instruções complementares.

EXEMPLO: liderado novo ou recém-promovido. Aqui o líder oferece muita supervisão e pouco apoio.

Estilo E2 Coaching: o líder direciona, explica as razões, solicita ideias sobre como fazer e supervisiona a realização da tarefa.

Colaborador que já aprendeu um pouco mais e já começa a fazer questionamentos;

  • Colaborador não tem mais a necessidade de ser apreciado/aceito;
  • Diálogo de duas vias;
  • O líder toma as decisões, mas tem que explicar o porquê, quais são as razões;
  • Explica o papel do liderado;
  • Faz perguntas para esclarecer o nível de capacidade;
  • Reforça os pequenos progressos.

EXEMPLO: liderado sem experiência na tarefa, mas que quer muito aprender. Aqui o líder oferece muita supervisão e muito apoio.

Estilo E3 Apoio: o líder compartilha a tomada de decisão sobre o que fazer, como fazer e apoia o liderado durante a execução da tarefa.

  • Colaborador já sabe como fazer, porque fazer e as suas responsabilidades;
  • Colaborador quer crescer e às vezes faz alguma coisa errada;
  • É aquele colaborador que te traz “sossego”;
  • Quando ele precisa de você é para abrir a “picada”;
  • Traga-o para você (aliado), faça parceria;
  • O líder cumprimenta pelo trabalho, elogia e cria confiança;
  • O líder dá feedback construtivo positivo.

EXEMPLO: Colaborador assume um novo desafio ou projeto. Aqui o líder oferece muito apoio e pouca supervisão.

Dúvidas sobre Feedback? Então os artigos abaixo podem te interessar:

Estilo E4 Delegação: O líder delega, dá autonomia, apadrinha e o liderado faz por si mesmo.

  • Colaborador precisa de pouca coisa;
  • Colaborador precisa de desafios;
  • O liderado toma as decisões;
  • O líder supervisiona de modo relativamente discreto;
  • O líder faz perguntas como: Você quer? Você consegue? Tem o que precisa?  Até quando me entrega?;
  • Mantém-se acessível dizendo “Ok, se precisar é só me chamar!”.

EXEMPLO: Colaborador mais “maduro” na função, mais experiente e seguro. Aqui o líder oferece pouca supervisão e pouco apoio.

E agora, o que me diz? Conseguiu ampliar mais ainda sua percepção sobre Liderança? Começou a fazer mais sentido pra você o enfoque situacional do Líder?

Acredito plenamente que sim!

É claro que não tenho a pretensão de conseguir sintetizar em um ou dois artigos um assunto tão complexo como este.

O objetivo é despertar em você que existem diversas possibilidades a serem exploradas e que, quanto mais você conhece, melhor e mais assertiva será a sua forma de liderar.

Não fique por aqui, pesquise outras fontes, vejas as obras referenciadas ao final deste artigo, tire suas próprias conclusões e adapte estes ou outros modelos à sua forma de ser, agir e pensar.

E se me permite uma sugestão, mesmo buscando esta adaptação ao seu “jeitão” de ser, lembre-se sempre de jamais esquecer de se lembrar que:

O Líder atual precisa incorporar uma Gestão Humanizada de Pessoas ao seu estilo, pois é o que as empresas buscam nos seus futuros Líderes. Pense nisso!

liderança-e-gestão-de-pessoas-humanizada
Perceba os Líderes ao seu redor… quais são os estilos que eles adotam e os resultados que entregam? Como são suas equipes?

Poderia parar por aqui com este tema, mas ainda é possível trazer outras novas abordagens, o que acha? Gostou da ideia? Que bom, fico feliz!

Trarei então no próximo artigo outras abordagens diferentes e que não podem ser consideradas concorrentes, mas, quem sabe, complementares aos estilos aqui apresentados.

Convido você a estudar com um pouco mais de profundidade sobre o assunto e, principalmente, colocar em prática os aprendizados adquiridos.

Seus liderados irão agradecer, com certeza!

Gostou do artigo? Curta e compartilhe com seus amigos.

Até o próximo artigo!

Dias fantásticos pra você e fique com Deus!

Grande abraço,

Marcelo Levi.

O sucesso não é sorte, é um estilo de vida! Por que o sucesso é você quem faz! – Marcelo Levi

Para saber mais:

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria geral da Administração. 9ª edição revista e atualizada. Rio de Janeiro. Editora Manole, 2014.

BLANCHARD, Ken. Liderança de alto nível – como criar e liderar organizações de alto desempenho. Porto Alegre. Editora Bookman, 3ª edição, 2019.

Você já ouviu falar em Coaching? Como ele ajuda as pessoas a alcançarem seus objetivos? Que ele acelera seus resultados? Que o Coaching transforma as pessoas e muda suas vidas?

Rapaz, esse tal de Coaching parece fazer milagres, tudo o que a gente precisa em momentos difíceis e de transição!

Parece aquelas ofertas das “Organizações Tabajara” que vão resolver todos os seus problemas num piscar de olhos! Vamos juntos descobrir se isso é mesmo verdade!

O Coaching se bem conduzido pode sim trazer resultados fantásticos para quem o faz. Precisamos apenas desmitificar algumas coisas que andam prometendo por aí.

Porque você deve continuar lendo este artigo:

  1. Para saber de verdade o que é o Coaching e o que ele pode fazer por você
  2. Para saber de verdade se ele pode te ajudar a alcançar seus objetivos mais rápido
  3. Para saber de verdade se ele é tão transformador assim

Se suas respostas foram “sim”, me acompanha aí neste artigo.

Estatísticas sobre o Coaching:

Em julho/10 a revista Você S/A publicou uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers, onde 70% dos entrevistados (respostas em múltiplas escolhas) que passaram por um processo de Coaching, aumentaram seu desempenho nas seguintes áreas:

  • 73% melhora na capacidade de relacionamento;
  • 72% melhora nas habilidades de comunicação;
  • 67% equilíbrio entre trabalho e vida pessoal;
  • 62% encontraram novas oportunidades de carreira;
  • 61% melhoraram sua organização pessoal;
  • 57% melhoram sua gestão do tempo;
  • 51% ampliaram suas habilidades de trabalhar em equipe;
  • 27% melhoraram sua organização financeira

Bem, muito tem se falado atualmente sobre o Coaching, e pessoas e empresas têm buscado profissionais capacitados, o Coach, para orientá-los na melhoria de seu desempenho para o alcance de seus objetivos da melhor forma e o mais rapidamente possível.

O Coaching é um método estruturado onde se aplica um conjunto de técnicas e ferramentas fantásticas para ajudar você, o Coachee, a atingir seus resultados.

É importante saber como ele funciona.

Este é o propósito deste primeiro artigo sobre o tema.

Você precisa primeiro conhecer a terminologia empregada para facilitar a sua leitura daqui em diante:

Coaching – é o processo em si que dá suporte ao cliente no desenvolvimento das ações específicas para atingir seus objetivos;

Coach  – é o profissional que conduz o processo junto ao cliente. Vale ressaltar que este profissional precisa ter uma formação em Coaching que o habilite a exercer com maestria este processo. Se a formação for em uma instituição renomada, melhor ainda;

Coachee – é quem se beneficia do processo, o cliente.

Coaching é uma relação de parceria que revela e liberta o potencial das pessoas de forma a maximizar seu desempenho. É ajudá-las a aprender em vez de lhes ensinar algo… – Timothy Gallwey

Tudo bem até aqui?

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Quero te contar também um pouco da história de como surgiu o Coaching...

A origem da palavra coach pouco tem a ver com o sentido hoje usado no mundo do trabalho. Nos melhores dicionários e enciclopédias, a origem da palavra coach é atribuída ao termo húngaro kocsi, que se refere a um tipo de carruagem.

O mesmo termo foi adaptado para a língua alemã, kutsche, para o francês, coache, para o espanhol coche, e para o inglês coach. E foi na língua inglesa que o termo se popularizou na administração.

Além do uso no sentido de condução, passou a identificar o tutor, que era uma pessoa que ajudava os estudantes universitários a se prepararem para os exames.

coaching-a-arte-do-impossivel
Enxergando o possível no im-possível!

Por último, o coach surgiu para designar treinadores de equipes esportivas, uso mais comum desde então.

No mundo dos negócios, o coaching se diferencia dos treinamentos. Enquanto estes passam instruções e conhecimento ao indivíduo ou a uma equipe, o coaching estimula a reflexão, para que as próprias pessoas tracem seu plano de desenvolvimento.

De acordo coma a GCC – Global Coaching Community, Coaching é:

… a parceria entre coach e coachee onde acontece um processo estimulante e criativo que inspira e maximiza o potencial pessoal e profissional do coachee.

… um processo sistematizado onde um coach acompanha e estimula seu cliente no desenvolvimento de sua performance e alcance de suas metas.

… uma metodologia de desenvolvimento humano onde se cria um contexto transformacional para o alcance de um estado desejado.

Simplificando, o Coaching é uma metodologia que busca atender as seguintes necessidades:

  • Ajudar você a identificar onde está hoje, onde quer chegar e o que está te impedindo de chegar lá;
  • Ajudar você a encontrar as melhores formas de resolver estes problemas;
  • Ajudar você a desenvolver novas habilidades e;
  • Ajudar você a atingir suas metas e objetivos, sejam eles pessoais e/ou profissionais.

Desta forma, o papel do Coach é:

  • Contribuir para o aprendizado e amadurecimento emocional;
  • Desenvolver o coachee para uma tomada de decisão mais assertiva;
  • Orientar o coachee a planejar as ações que serão colocadas em prática;
  • Definir junto com o coachee as tarefas para cada etapa do plano de ação;
  • Ajudar o coachee a remover os obstáculos que o impedirão de seguir adiante.

O Coach não dá as respostas e soluções, e sim ajuda o Coachee a encontrar as respostas e soluções que precisa.

Outra coisa que precisamos entender é que Coaching não é Terapia, não é Counseling e não é Mentoring.

Muito tem se confundido estas especialidades atualmente fazendo com que pessoas procurem o coaching para uma finalidade diferente do que o processo oferece.

Vamos entender:

A Terapia vem do latim therapia e do grego therapeía, que significam cuidado, tratamento de doenças ou disfunções orgânicas, comportamentais e psicológicas. Aqui, o termo se refere à psicoterapia, terreno das emoções.

O Counseling (aconselhamento) é mais comumente utilizado na área clínica, no sentido de aconselhamento médico ou psicológico, embora, atualmente, o termo “aconselhamento” venha sendo utilizado de forma similar ao de mentoring ou coaching (Pinchot & Pinchot, 2003).

O counselor (conselheiro) orienta e aconselha o indivíduo no melhor caminho a seguir e nas melhores ações para alcançar seus objetivos.

O Mentoring (tutoria) é um relacionamento entre um adulto jovem (mentorado) e um mais velho e experiente (mentor).

O mentor atua como patrocinador e treinador do mentorado, oferecendo-lhe proteção e trabalhos desafiadores que facilitem sua visibilidade, preparando-o para avanços na carreira.

Observa-se nessa definição que o foco do trabalho do mentor é a preparação do profissional mais jovem para avanços na sua carreira, embora o seu desenvolvimento pessoal também permeie todo o processo.

É claro que, dependendo do nível de maturidade pessoal e profissional do coachee, bem como dos seus objetivos, base de conhecimentos e experiências, pode-se optar por uma mescla de coaching e mentoria.

É importante ressaltar que isso somente é possível se o coach tiver experiência nas áreas de necessidade do coachee para poder assessorá-lo no alcance de seus objetivos.

O Coaching pode ser aplicado de diversas formas e em diferentes áreas de nossa vida, ele não está restrito somente ao âmbito profissional e executivo.

O Coaching se utiliza de técnicas e ferramentas que ajudam o Coachee e enxergar todas as possibilidades de melhoria em diversas áreas de sua vida.

Muitas vezes, para poder alcançar determinado resultado na vida profissional é necessário “resolver” algumas situações na vida pessoal e vice-versa.

Conheça abaixo alguns tipos de Coaching e suas aplicações:

tipos-de-coaching-e-suas-aplicações
Você pode trabalhar quase todas as áreas de sua vida no Coaching.

Coaching Life (de vida) – este tipo de coaching lida com a vida do coachee em todas as suas dimensões – aspectos pessoais e profissionais, saúde e relacionamentos -.

Haverá sempre um assunto imediato, mas esta abordagem irá se ampliar para tocar muitos aspectos da vida do coachee, como por exemplo:

  • dieta e emagrecimento
  • exercícios
  • relacionamento com o(a) companheiro(a) e filhos
  • casamento (dúvidas em relação à organização e prioridades para o casamento)
  • satisfação com o trabalho
  • carreira
  • aposentadoria e condições de vida
  • outros específicos de cada pessoa

Coaching Executivo – o coaching executivo possibilita às pessoas que detêm autoridade e poder em uma organização a lidarem melhor com as pressões e estresse inerentes à sua posição.

Desta forma, é possível potencializar seus resultados a partir do entendimento de suas perspectivas e sonhos, dúvidas e temores.

Um executivo de ponta desempenhando melhor, tem um efeito enormemente positivo em uma empresa, portanto o retorno do coaching executivo é excelente tanto para o executivo quanto para a empresa.

Uma visão sem ação não passa de um sonho. Ação sem visão é um passatempo. Mas uma ação com visão pode mudar o mundo. – Joel Barker

Coaching Empresarial – o coaching empresarial orienta as pessoas nos assuntos ligados ao trabalho. Normalmente é trabalhado com os líderes de uma empresa podendo também ser utilizado para orientar equipes de trabalho.

Por exemplo, um líder pode ter dificuldades no relacionamento com os outros parceiros de trabalho e necessita de coaching.

Ou ainda pode precisar de maior clareza sobre a visão, valores, missão e propósito da empresa.

Algumas equipes podem passar pelo processo de coaching para tornarem-se mais efetivas ou melhorarem mais ainda sua performance.

Coaching de Carreira – O coaching de carreira tem como objetivo orientar as pessoas que:

  • querem procurar um emprego
  • querem mudar de emprego
  • se preparar para assumir postos de liderança
  • montar o próprio negócio
  • mudar de carreira
  • retornar ao mercado de trabalho após um afastamento qualquer

Esta é uma área do coaching que tem crescido bastante devido às altas demandas de profissionais cada vez mais preparados e especializados pelas organizações.

Coaching Esportivo– este é o campo em que o conceito surgiu. O coaching tem sido tradicionalmente associado com o esporte, e todos os atletas importantes atualmente contam com um coach, geralmente um jogador de mais idade bem sucedido no seu tempo.

Este jogador não precisa ser necessariamente de altíssimo nível, desde que conheça os conceitos, fundamentos e técnicas de coaching para atuar com efetividade e contribuir para o aumento de desempenho do atleta.

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Quais são os benefícios do processo de Coaching?*

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São inúmeras as vantagens do processo de Coaching.

Para as organizações

  • Evidenciar para os colaboradores o compromisso da empresa em desenvolver seu pessoal;
  • Melhorar substancialmente o trabalho em equipe;
  • O reconhecimento positivo e o feedback aumentam a confiança e a iniciativa dos colaboradores;
  • Propiciar um investimento de longo prazo em alto desempenho;
  • Auxiliar na descoberta e no desenvolvimento dos talentos da organização;
  • O aumento da produtividade quando as pessoas sabem quais são as metas e como alcançá-las;
  • É a maneira mais eficaz de desenvolver competências para obter um melhor desempenho dos profissionais e das equipes.

Para um executivo

  • Alcançar seus objetivos pessoais e profissionais;
  • Tornar-se, cada vez mais, a pessoa que deseja ser;
  • Descobrir e aprimorar talentos e competências;
  • Ampliar as possibilidades de escolha, tanto comportamentais quanto de objetivos profissionais;
  • Aprimorar sua comunicação intrapessoal;
  • Somar valor ao seu desempenho como líder;
  • Melhorar sua performance profissional;
  • Aumentar sua capacidade de realização;
  • Melhorar a qualidade dos seus relacionamentos interpessoais;
  • Obter equilíbrio de tempo, energia e satisfação entre vida e trabalho;
  • Tomar consciência dos valores pessoais que inspiram suas metas, assim como das crenças relacionadas às mesmas.

Para um empreendedor

  • Alinhar os valores da empresa com seus valores, princípios e crenças pessoais;
  • Atingir resultados superlativos nos negócios;
  • Poder contar com um parceiro, altamente capacitado, para dividir as dúvidas e incertezas a respeito dos negócios;
  • Para modificar e/ou ampliar posturas;
  • Para ampliar horizontes e desenvolver ideias.

Para uma pessoa em sua vida

  • Maior controle sobre a sua vida;
  • Os objetivos de vida ficarão mais claros e, uma vez eliminados os obstáculos, terá mais energia para alcançá-los;
  • Viverá em harmonia com seus valores;
  • Sua vida se tornará mais feliz e satisfatória;
  • Profissionalmente será mais eficaz, capacitado e obterá melhores resultados;
  • Tomará posse de todos os recursos dos quais já dispõe para atingir suas metas.

*Fonte: www.vocevencedor.com.br.

Coaching não é dar conselhos. Não é consertar as coisas ou resolver problemas. Coaching é estabelecer um relacionamento vital, durante um determinado período, com um cliente que está à procura de clareza e das habilidades necessárias para fazer mudanças em sua vida e nos sistemas humanos (casais, família, empresa, comunidade) num futuro próximo. – Frederich M. Hudson

E aí? Consegui esclarecer pra você o que é Coaching, seus benefícios e vantagens?

Ok, você pode me dizer: “entendi o que é coaching, fiquei interessado, mas qual é o segredo?”.

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O que preciso fazer para decidir ou não por um processo de Coaching?

Se você me permite, antes que se decida por fazer ou não um processo de Coaching, quero te dar algumas dicas:

  1. Pesquise um pouco mais sobre o assunto, leia outros artigos assista vídeos no Youtube
  2. Escolha um Coach que tenha uma boa formação curricular e uma boa formação em coaching. Não se sinta envergonhado em pedir algo que comprove isso
  3. Peça ao seu candidato a Coach algumas referências de Coachees que ele atendeu e ligue para eles pedindo referências, se eles gostaram e se ele os ajudou mesmo a alcançarem seus objetivos
  4. Solicite uma “amostra” grátis ao futuro Coach, para conhecer como ele trabalha e se você se sentirá bem trabalhando com ele
  5. Solicite um contrato delimitando direitos e deveres das duas partes para salvaguardar a garantia do serviço contratado
  6. Feito isso, inicie o processo, potencialize seus resultados e seja muito feliz!

Ah, cuidado, desconfie de valores cobrados muito abaixo do mercado, pois infelizmente há muitos “Coaches” despreparados por aí. O barato agora pode sair caro no futuro!

Independente do tipo, o fato é que o Coaching é um processo maravilhoso de transformação que possibilita ao indivíduo encontrar dentro de si mesmo as forças e motivações necessárias para o alcance de uma vida, pessoal e profissional:

  1. mais plena
  2. mais saudável
  3. mais feliz e
  4. de mais sucesso.

Relembrando então, quando você pode procurar um processo de coaching:

  • Para aumentar sua segurança e autoconfiança.
  • Para ampliar seu desempenho profissional.
  • Para melhorar e/ou desenvolver competências de Liderança, tais como:
    1. Feedback
    2. Delegação
    3. Tomada de decisão
    4. Comunicação com a equipe
    5. Gestão de pessoas e outros.
  • Se precisar mudar/adaptar seu estilo de gestão na empresa onde atua.
  • Para melhorar as relações no ambiente de trabalho e/ou na vida pessoal.

E o grande segredo é: O processo de Coaching é totalmente focado em resultados e para que se tenha sucesso, tem como pré-requisito que o Coachee esteja 100% disposto a passar pelo processo e 100% engajado nas ações que forem definidas com seu Coach.

Assista este vídeo que ilustra maravilhosamente bem Como o Coaching funciona:

Procurei descrever neste artigo os principais conceitos e fundamentos para você entender verdadeiramente a essência do Coaching.

Espero ter contribuído para clarificar um pouco mais o universo Coaching pra você e, quem sabe, ajudá-lo a tomar uma decisão para transformar sua vida através de um processo de Coaching muito bem estruturado.

Se apesar de todo o conteúdo apresentado você ainda possuir dúvidas, por favor, registre-as aqui e terei o maior prazer em lhe responder.

Já tem uma opinião formada? Então lhe faço um convite para a ação:

Quer começar um processo de Coaching comigo?

Deixe seus dados no formulário de contato abaixo e prometo lhe retornar o mais breve possível para conhecer seus objetivos futuros, apresentar meu trabalho e, quem sabe, fecharmos uma grande parceria de sucesso.

Sucesso não é sorte, é um estilo de vida, pois o Sucesso é você quem faz! – Marcelo Levi.

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Deixo aqui meus desejos de uma vida plena e feliz!

Fique com Deus!

Forte abraço,

Marcelo Levi.

Caso queira se aprofundar:

MERLEVEDE, Patrick E.; BRIDOUX, Denis C. Dominando o Mentoring e o Coaching com Inteligência Emocional. Rio de Janeiro. Editora Qualitymark, 2008.

PÉRCIA, André; SITA, Maurício. Manual completo de Coaching. São Paulo. Editora Ser Mais, 2011.

MARQUES, José Roberto; CARLI, Edson. Coaching de Carreira. São Paulo. Editora Ser Mais, 2012.

LAGES, Andrea; O’CONNOR, Joseph. Coaching com PNL – o guia prático para alcançar o melhor em você e nos outros. Rio de Janeiro. Editora Qualitymark, 2004.

BLOCH, Vicky; MENDES, João; VISCONTE, Luiz. Coaching Executivo. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2012.

ARAÚJO, Ane. Coach – um parceiro para o seu sucesso. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2011.